Recanto da Terra que concentra mais animais de grande porte ao alcance da vista que qualquer outro lugar do globo, a África Oriental se tornou o destino clássico para safáris no imaginário dos viajantes. Desde que assistimos ao desenho O Rei Leão, aquele cenário solar das savanas em vários tons de dourado semeia nosso desejo de imersão no caldeirão natural e cultural africano. E basta adentrar o Parque Nacional Serengeti, coração turístico da Tanzânia, para a memória afetiva ser ativada: chegamos à aventura dos nossos sonhos.
Partiremos em busca dos animais, ecossistemas e pessoas que vão gerar vivências marcantes a serem registradas por olhares curiosos – e sob a mentoria e a inspiração de um dos mais respeitados fotógrafos de vida selvagem do Brasil: João Marcos Rosa, que há 20 anos registra a história natural em livros e revistas como National Geographic. “Cada viagem traz novas oportunidades de registrar os momentos lindos que vivemos na natureza”, diz.
O parque Tarangire tem uma das maiores populações de elefantes do país, além de imponentes baobás – aquela árvore famosa de outra história infantil, O Pequeno Príncipe. Já o Lago Manyara, o éden para quem ama aves, anuncia que estamos em um ícone da geologia mundial: o Vale do Rift, fenda que corta 6 mil quilômetros da África e que cria abismos que enchem a região de beleza.
A fartura de espécies da fauna da Tanzânia impressiona em geografias distintas mas igualmente impressionantes. Com o sonoro nome de Ngorongoro, a cratera de um vulcão extinto é um buraco circular de 600 metros de profundidade habitado por mais de 20 mil animais. É quase uma arca de Noé onde a cadeia alimentar se sucede harmoniosamente. Atualmente, naquele fosso gigantesco, búfalos, leopardos e girafas, entre outros, dão sopa para as lentes dos visitantes.
Na região do entorno daquele complexo onde caberia a cidade de Recife inteira residem algumas comunidades Maasai, um dos mais originalmente paramentados povos da África. Negros esguios vestidos com trajes vermelhos – segundo eles, para afugentar os leões –, os maasais usam colares de miçangas coloridas em forma de disco e habitam choupanas feitas com esterco de vaca.
É quando o jipe 4×4 adentra o Serengeti, no entanto, que os cliques das câmeras do grupo mais disparam. Praticamente não se passa 10 minutos no parque-símbolo da Tanzânia sem espreitar uma das dezenas de espécies terrestres que ali habitam, como búfalos, elefantes, leões e hipopótamos – ou quem sabe uma hiena ou um guepardo rondando o banquete do dia, que pode ser uma gazela ou uma zebra? Por rádio, os motoristas-guias garantem que os colegas não percam a oportunidade de levar seu grupo a mirantes e ângulos especiais. Quem tem o privilégio de fazer o passeio opcional de balão vê toda essa fartura de camarote – e sob a luz dos primeiros minutos do dia.
O clímax de qualquer experiência no Serengeti, porém, é mesmo a migração dos gnus, um tipo de antílope que parece meio boi, meio cavalo. Estima-se que 1,5 milhão de gnus protagonizem o espetáculo da migração em massa em fila indiana desde as planícies secas do Serengeti, em junho e julho, até o bom pasto e as reservas de água do Quênia – de onde retornam entre outubro e novembro. Curiosamente, cerca de 200 mil zebras acompanham a travessia, assim como 300 mil antílopes. Em grupo, os integrantes da caravana se ajudam para evitar o ataque de predadores, como as hienas e os crocodilos. A grande migração emociona profundamente quem tem a boa sorte de flagrá-la – e constatar ao vivo quão pulsante e visceral é a vida nas savanas dos melhores safáris da Terra.
Legenda: (C) Café da manhã; (A) Almoço; (J) Jantar
Chegada ao aeroporto internacional Kilimanjaro. Recepção e traslado por pouco mais de 1 hora até o hotel na cidade de Arusha. Localizada no norte da Tanzânia sob o Monte Meru e nas proximidades do Kilimanjaro, Arusha é hoje um grande centro africano de diplomacia e negócios mas destaca-se mesmo por ser a porta de entrada para os viajantes que pretendem fazer safáris pela região.
Após o café da manhã, encontraremos com o fotógrafo João Marcos Rosa para um briefing detalhado sobre a expedição. Poderemos conhecer melhor o trabalho do fotógrafo e tirar as últimas dúvidas. No início da tarde, embarque nos veículos 4×4 e partida rumo ao Parque Nacional Tarangire, escolhido como a primeira locação da nossa jornada fotográfica e localizado próximo ao Lago Manyara.
Dia inteiro dedicado às atividades na região do Parque Tarangire. Mesmo não estando localizado na principal rota dos safáris da Tanzânia, as características do Tarangire fazem dele uma peça especial para uma experiência mais completa: grandes concentrações de famílias de elefantes, centenas de espécies de aves, além de gnus, zebras, búfalos, impalas e gazelas. Os elefantes surgem em bandos e costumam devorar os troncos dos baobás, que armazenam muita água e são encontrados especialmente no Tarangire. Os baobás chegam a atingir 25 metros de altura e vivem por centenas de anos. São, por conta disso, a árvore-símbolo da África.
Acordaremos cedo para explorar as margens do Lago Manyara, que é parte de um sistema de quatro lagos dentro do Grande Vale Rift que sustentam toda a população de flamingos do leste africano, assim como a impressionante concentração e diversidade de espécies de aves. Nosso objetivo no início do dia será caminhar até a distância ideal para visualização e fotografia dos flamingos. De volta ao lodge e com o café da manhã tomado, sairemos nos 4×4 para explorar a região já no caminho para o Parque Nacional Serengeti, ficando atentos a tudo o que a natureza selvagem da região nos reservar. O início da manhã e fim da tarde são sempre os horários mais adequados para observarmos a fauna devido a maior atividade das espécies, o que coincide também com os melhores momentos de luz. Chegada ao lodge no Serengeti, nossa base pelos próximos dias de imersão neste paraíso natural.
Dias totalmente dedicados a explorar uma das mais cobiçadas regiões de safari da África, não apenas pela enorme quantidade e variedade de animais mas por ser também palco de um dos maiores espetáculos da Terra, a Grande Migração. Um fenômeno tão interessante que levou a UNESCO a classificar o Serengeti como um Patrimônio da Humanidade, em 1981. Cerca de 1 milhão e meio de gnus se movimentam em busca de alimento, água e um lugar tranquilo para se reproduzirem na enorme área que se estende até o sul do Quênia. Junto aos gnus, acabam participando da migração outros animais como zebras e gazelas. E até mesmo os predadores, que vão atrás da comida em abundância. Os grandes grupos de antílopes se movimentam em sentido horário nesta região durante todo o ano e em outubro costumam migrar do Quênia para a Tanzânia. Um dos nossos principais objetivos durante os dias no Serengeti será fotografar a enorme concentração de animais, buscando sempre o melhor posicionamento possível para compor as imagens. Além dos bichos, o Serengeti também é o lar dos guerreiros Maasai, a mais famosa tribo da África e reconhecidos pelas suas roupas vermelhas, acessórios coloridos e cultura semi-nômade. O gado é sua primeira fonte de alimentação e deve ser bem protegido dos animais selvagens, como os leões. Por isso os Maasai carregam lanças por onde andam. Uma sessão de fotos numa dessas tribos será sem dúvida uma das paradas obrigatórias nesta expedição.
Pela manhã bem cedo, é possível embarcar numa aventura pelo céu do Serengeti. Rebanhos e manadas de zebras, girafas, leões, hipopótamos, elefantes, entre outros habitantes da Tanzânia, são só uma prévia da paisagem vista de cima de um balão nesta área. A flora da savana africana completa a obra. Partindo para o Parque Nacional Ngorongoro, é difícil descrever adequadamente o tamanho e a beleza do local que é a maior cratera vulcânica inativa do mundo, de 18 km de diâmetro e área de 260 km2. Maior que a cidade de Recife, dentro dela existe um mosaico dos ecossistemas do leste africano, com savanas, riachos, lagos, florestas e pântanos, onde habitam milhares de animais selvagens. No interior da cratera de bordas altas e profundas, a topografia plana cheia de vegetação gramínea é um paraíso para os animais herbívoros (há boas chances de visualização dos rinocerontes) que acabam se transformando numa forte atração para os predadores. Aqui a cadeia alimentar está completa. Isso faz da cratera mais um dos lugares mais fascinantes de toda a África.
Pela manhã, saída para o último safari da expedição pela cratera de Ngorongoro. Retorno ao hotel para almoço e retorno até a cidade de Arusha com chegada prevista para o começo da noite.
Dia livre até o check-out. De acordo com o horário do voo, traslado até o aeroporto de Kilimanjaro (JRO), de onde nos despediremos com ótimas recordações.
Créditos: João Marcos Rosa. Todos os direitos reservados.
Arusha: The African Tulip Hotel
Tarangire: Tarangire Tortillis Camp
Serengeti: Serengeti Tortillis Camp
Ngorongoro: Ngorongoro Tortillis Camp
US$ 5.190,00 em apto duplo
US$ 400,00 suplemento para apto individual
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